sexta-feira, 8 de julho de 2011

Poemas Vencedores

O Centro Novas Oportunidades da ETPSicó, tem o prazer de anunciar os poemas vencedores do concurso realizado no âmbito do Plano Nacional de Leitura. Uma vez que a grande maioria dos poemas se enquadrou na categoria "Tema Livre", o júri nomeado optou por eleger os cinco melhores (número de categorias existente), entre todos os participantes.

Esta iniciativa, foi, no entender do nosso Centro Novas Oportunidades, um sucesso, pois recebemos muitos e bons poemas. Desde já, o nosso muito obrigado a todos os participantes pela criatividade e inspiração demonstradas.

Os prémios serão atribuídos numa futura cerimónia de entrega de certificados e diplomas, para a qual todos serão convidados, dado que todos serão agraciados com uma pequena lembrança.

Sem mais demoras, eis os poemas vencedores...

LER É CRESCER

Tu se andas sem destino,
Sem saber para onde vais.
Vem daí e vai comigo,
Às Novas Oportunidades Ler +.

Para Novas Oportunidades Ler +
Eu quero contribuir.
Todos nós somos iguais,
Por isso devemos ir.

“Querer aprender mais”,
Foi slogan do meu processo.
Às Novas Oportunidades Ler +,
Eu desejo muito sucesso.

Ler,
É saber, é falar, é viver.
Sem ler não se vive,
Não se desenvolve, não se sobrevive.
É comunicar, é crescer.
Como penso para comigo e digo
Sem ler, não sobrevivo.
Não tem sentido
Sem ler é: ser povo, mas desiludido.
Vamos povo, de novo, reviver, renascer, crescer, ler.
Ver
Como é bom não se desfazer,
Do aprender, do querer ler mais poesia.
Vamos todos cada dia, indo, sorrindo, cantando e andando.
Mas sempre perguntando
Porque não se lê mais?
Vamos agora, sem demora,
Às Novas Oportunidades, Ler + e mais e muito +

Mabilda Cerejeira

A idade de um rosto

Esta idade que eu conto
Teve um inicio, terá um fim,
Não aquele que imagino
Não o que imaginaram para mim.

Esta idade será sempre
aquela que eu imaginei,
será sempre aquela idade
em que eu me realizei.

Todos temos uma vida
Essa vida tem idade,
Mas nem todos têm na vida
Momentos de grandiosidade.

Quando a vida é vivida
Sem olharmos à idade,
Podemos olhar para trás e sorrir
Para uma vida sem idade.

Não é a idade que nos faz
Fazemos nós a idade,
Podemos sentir que a vivemos
Em completa liberdade.

Num rosto com idade
Encontramos honestidade, sabedoria,
Nesse rosto transparecem
Momentos de amor e alegria.

A idade tudo traz
a idade é um posto,
a idade é aquela, que cada um traz no rosto.

O rosto é o espelho da alma
E nele transparece,
A idade que cada um tem
E que o outro desconhece.

Mas se pensando que olhando um rosto
A idade se conhece,
Quando olhamos olhos nos olhos,
A idade desaparece.

Tenho idade para dizer
Que não sinto a idade que tenho,
Sinto-me com força para viver
A vida com mais empenho.
A idade é uma criança
Quando a sabemos viver,
Com amor e alegria, seremos jovens…até morrer.
A idade é um estado de alma
Em que temos de saber dançar,
Ao som de uma melodia que a nossa vida guia
E nos faz despertar.

Para uma dança sem fim
Que nos eleva ao infinito,
Que nos murmura com calma…
…que a idade tem alma…
E jamais terá fim.

Otília Lopes

Versos livres (processo RVCC e Florbela Espanca)

VERSOS LIVRES, VERSOS A FLOREAR
AQUI DEIXO EM VERSO O PROCESSO RVCC
NA MINHA MANEIRA DE PENSAR.

Vejam bem meus senhores
O que havia de acontecer;
Aos quarenta e dois anos de idade
Resolvi novamente aprender.

Se por acaso conseguir
Com esta experiência que me custou tanto;
O nono ano conseguir
Ficarei pasma de espanto.

Quando penso que em criança
Estudar não consegui;
Começo sinceramente a duvidar
Que consiga chegar ao fim.

Fim até pode ter
Só não sei se será o que espero;
Que é alcançar o nono ano
E para isso me esmero.
Não sei se só com esmero
Lá conseguirei chegar,
É precisa persistência
E essa começa a faltar.
Há dias em que penso
Meu Deus, que fui eu fazer;
Meter-me a estudar agora...
...burro velho mais vale morrer.

Mas só de burros não conta a história
E eu espero poder contar;
Um dia mais tarde aos meus netos
Como aos quarenta e dois anos, a avó voltou a estudar.

Com a Matemática para a vida
Original forma de ensinar;
Com as situações do dia-a-dia
Com que temos de lidar.

Língua Portuguesa...sem dúvida
Mais um método de comunicar;
E através da nossa escrita
Os erros poder emendar.

Não esqueçamos as Tecnologias
de Informação e Comunicação;
Hoje em dia indispensáveis
Para qualquer cidadão.
Cidadania e Empregabilidade
Vieram logo a seguir;
Foram bastante utilizadas
Para nos poder instruir.

Com estas quatro vertentes
A aprendizagem começou;
Quando elas terminarem
Veremos quem se safou!
A aprendizagem começou
Com o meu Auto-Retrato,
Nele tentei descrever-me
Com uma análise a mim mesma
Ao mais profundo do meu ser.

Mas foi no meu Percurso de Vida
Que melhor me dei a conhecer,
Nele descrevi acontecimentos

Que revelam a minha maneira de ser.

Vieram as Leituras de Cabeceira
Tinha livros imensos...sem fim;
Para vos descrever sinceramente
O que a leitura representa para mim.


É uma sensação infinita aquela
Que eu sinto quando estou a ler;
Livros que falam por eles
E que eu leio com prazer.

Talvez o gosto pela leitura
Me inspire a escrever;
Estas rimas sem sentido
Ou talvez versos venham a ser.

Geometricamente falando
Assim tivemos de aplicar;
O Teorema de Pitágoras
Do qual nunca tinha ouvido falar.

Continuando vou em frente
Fazer a Viagem da Minha Vida...
Da imaginação para o papel
Ficou bem divertida.

Decidi viajar a Itália
De onde uma carta escrevi,
Sei que é tudo imaginação
Mas tem graça ser assim.

Descrevi Itália, os Italianos
Coisas que eu nunca vi;
Consegui convencer-vos disso?
Tenho esperança que sim.

Um tema livre é pedido
Para podermos escrever;
Sobre o que quisermos
E melhor soubermos fazer.

Veio a Reflexão final
E dei comigo a pensar;
Que o processo rvcc
Ao fim está a chegar.

Podem pensar que é mentira
Mas digo com sinceridade;
Quando o RVCC terminar
Começa o processo...SAUDADE.

É melhor não pensar nisso
E para finalizar
Vou escrever uns versos e tentar homenagear
A grande Florbela Espanca
Na minha forma de pensar.
Florbela Espanca é para mim
Um encontro do meu “eu”
Quando leio os seus sonetos
Sinto-me num mundo só meu.

Os versos que vou escrever
Com a vida real nada têm a ver;
São fruto da minha imaginação
Do meu gosto de escrever.

Espero que os apreciem
Pois em Florbela Espanca me orientei;
Li muitos dos seus sonetos
Nos quais me inspirei.


São à toa, são sem nexo
Se eu conseguir com eles convencer;
O Júri desta escola
O nono ano vou obter.

O MEU MODO DE INTERPRETAR FLORBELA ESPANCA:
“DESEJO”

Meu Deus que é que eu faço
Com esta paixão que me domina
É proibida, é insensata;
Nesta fase da minha vida.

Não sei como aconteceu
Não sei como começou;
Só sei que quando te vi
Todo o meu ser se agitou.

O meu coração chama por ti
O meu corpo por ti anseia;
Meu Deus...quem me dera não sentir
Esta chama que me incendeia.

É difícil; dói imenso
Porque sei que não te posso ter,
Mas gostava de um dia
Dar-te o meu amor a conhecer.

Estou a divagar
Estou a sonhar acordada,
Mas sonhar não é pecado
Quando não nos resta mais nada.

Nada!
É aquilo que entre nós vai acontecer,
Mas posso imaginar
O que poderia vir a ser.

É como tábua de salvação
De um naúfrago em mar alto;
Quando não nos resta mais nada
E vivemos em sobressalto.

Assim fica meu coração
Cada vez que te vejo;
Nessa altura mesmo sem querer
Penso em ti com desejo.

O meu desejo neste momento
Era o de poder beijar-te;
Envolver-te no meu abraço
E então livremente........
Tão somente................

.....AMAR-TE......

Otília Lopes


Ler…

Ler…
É um estado de alma
A que temos de estar atentos
A todos os sofrimentos
Que a leitura dos sinais dos tempos nos provoca
E que nos mostra o quanto é urgente,
Ler…
Que a vida que por nós passa
E à qual não achamos graça,
Mas que por si só é uma dádiva
Se não olharmos à desgraça,
Do tempo que por nós passa e não soubermos
Ler…
Os pensamentos que nos rodeiam
E que em voz silenciosa nos aconselham,
Que a vida que vivemos
É tudo, menos um desperdicio de um olhar sereno,
Que capta o estado de alma, de quem por nós passa
E nos dá um sorriso com graça, que parece dizer que,
Ler…é urgente!!!
Para mim, para ti, para toda a gente…
…Porque a vida é um livro que nunca mente.


Poema ao Sol

Quero pintar o céu
Cor de faces de criança
De olhos azul - Céu
Com cor de esperança.
Eu quero pintar o sol
Sobre flores, do meu jardim
Para dar vida às Rosas
E perfumar o jasmim
E quando chega a primavera
Traz de volta a alegria
Com o canto dos passarinhos
A desejar-nos bom dia.
Quero pintar o sol
No rosto de uma criança
Quero pintar seus olhos
No azul do mar, esperança.
Não sabemos se devemos
Admirar ou reflectir
Quando a noite chega
E vimos o sol partir
Entre nuvens e o mar
Descendo do céu majestoso
Fixando-se no crepúsculo
Na intensidade de recordar
Desaparecendo no horizonte
A visão, torna-se inesquecível
De comovente sinfonia
Tudo muda e permanece
Até ao romper do dia.

Maria Albertina Arnault Dinis

Obrigado a todos!

1 comentário:

  1. Fiquei sem palavras, para vos agradecer, penas o meu: MUITO OBRIGADO a todos voçês pela alegria que me deram. O nome fáz jús ao seu slogan.
    Qe continuem a dar muitas oportuniddes durante muitos anos, a todo os que vos procuram e necessitam da vossa ajuda.
    Otília Lopes

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