Pretende-se incentivar hábitos de leitura junto do público adulto dos Centros de Novas Oportunidades e dos seus círculos de familiares e amigos e apoiar o processo de desenvolvimento e consolidação de competências. Por considerar uma mais-valia para a comunidade, o Centro de Novas Oportunidades da ETPSicó aderiu a este projecto com objectivo de criar:
• Ambientes de leitura no Centro de Novas Oportunidades;
• Dinâmicas e percursos pessoais de leitura;
• Práticas de uso regular dos recursos das bibliotecas.
Neste âmbito o Centro de Novas Oportunidades da ETPSicó está a promover um concurso de poemas/quadras inéditos criados pelos participantes. Irá ser feita uma recolha de poemas/quadras que depois de analisada pela equipa será objecto de publicação aqui no BLOG do Centro. Os interessados deverão consultar o regulamento do concurso abaixo indicado ou dirigir-se às instalações do mesmo, no Centro de Negócios do Camporês.
Regulamento do Concurso de Poesia
1. No âmbito da iniciativa Novas Oportunidades Ler+, o Centro Novas Oportunidades da ETPSicó promove o Concurso de Poesia de Dezembro de 2010 a Abril de 2011.
2. O presente concurso visa promover a escrita e a leitura, junto dos adultos que frequentam o Processo RVCC (de nível Básico e Secundário) assim como todos os interessados em Participar no mesmo.
3. Os trabalhos a concurso deverão ser poemas/quadras inéditas dos participantes.
4. Os participantes deverão fazer chegar os seus poemas/quadras directamente, junto do Centro Novas Oportunidades ou via e-mail (…).
5. O Centro Novas Oportunidades, como organizador do Concurso fará a selecção dos melhores poemas/quadras recebidos através de uma equipa de Júri, constituída por um Profissional de RVC e formadores de diferentes áreas dos referenciais (nível Básico e/ou Secundário). Não serão atribuídos prémios ao mesmo participante em diferentes categorias.
6. Os poemas/quadras serão colocados/divulgados no Blog do Centro pela Equipa Técnico-pedagógica, após a análise e correcção por parte dos elementos que irão compor o Júri.
7. A recompensa será a publicação dos melhores poemas recebidos, segundo as diferentes categorias especificadas no ponto 8. A divulgação será feita através do Blog e de uma pequena publicação.
8. As categorias seleccionadas são: Natal, Ano Novo, Carnaval, Páscoa e Tema Livre.
9. O valor apurado com a venda da publicação reverterá em parte/na totalidade para uma IPSS ou Associação carenciada da região (a definir).
10. Não serão considerados textos narrativos.
11. Caso o número de poemas recebidos não seja o necessário para publicação, serão recompensados os melhores textos com prémio a considerar.
12. O presente concursos tem o apoio das Câmaras de Ansião, Alvaiázere e Penela.
13. O anúncio dos textos seleccionados para publicação será feito via Blog, página da Escola e rádio local.
14. A publicação será efectuada a 29 de Abril de 2011.
Deverão enviar os vossos poemas para:
ou comentar directamente no BLOG.
Para não temerem serem os primeiros a criar um poema deixamos um exemplo relacionado com as Novas Oportunidades. No entanto, atenção porque só se aceitam criações originais:
Eu, tu, ele... seres em construção!
Que bom que tenho consciência
Do ser que sou, fragmentado
Alguém sempre em construção
Imperfeito, incompleto, inacabado
Que bom que tenho consciência
Que o crescimento é parcelado
E que quanto mais eu aprendo
Nunca estou, por completo, "terminado"
Que bom que a mim é dado
A oportunidade de corrigir, de ser reciclado
De investir no que acho que está certo
E corrigir, tentar mudar o que está errado
Que bom que a mim é dado
A oportunidade de ser renovado!...
citado por Juiz de Fora, abril de 2008 in http://sitedepoesias.com/poesias/28968
Ideia Excelente!
ResponderEliminarLer…
ResponderEliminarÉ um estado de alma
A que temos de estar atentos
A todos os sofrimentos
Que a leitura dos sinais dos tempos nos provoca
E que nos mostra o quanto é urgente,
Ler…
Que a vida que por nós passa
E à qual não achamos graça,
Mas que por si só é uma dádiva
Se não olharmos à desgraça,
Do tempo que por nós passa e não soubermos
Ler…
Os pensamentos que nos rodeiam
E que em voz silenciosa nos aconselham,
Que a vida que vivemos
É tudo, menos um desperdicio de um olhar sereno,
Que capta o estado de alma, de quem por nós passa
E nos dá um sorriso com graça, que parece dizer que ,
Ler…é urgente!!!
Para mim, para ti, para toda a gente…
…Porque a vida é um livro que nunca mente.
Fim!
Otilia Lopes
Palavras
ResponderEliminarNa vida tudo tem um começo
Mas não tem que ter um fim,
Porque o que eu fizer na vida, permanece depois de mim
Pequenas , grandes coisas,
Coisa imensas sem fim
Fazem o livro da vida que alguêm lerá no fim.
Livro aberto ou fechado,
A vida toda tem dentro
Permanece dentro dele, o que nos vai no pensamento.
Palavras… só meras palavras
Qualquer um pode falar
Palavras do fundo da alma, sentidas, choradas,
Palavras que façam amar
Não são fáceis de dizer, muito menos de encontrar,
Mas estarão no livro da vida, para quem o souber decifrar.
Na vida tudo tem valor
Não pode ser de outra maneira
Só assim podemos dizer, que não é só ao amor que temos de dar valor
Para isso tem que se ter
Coragem de saber falar,
As palavras-chave da vida, que nos fazem na vida pensar.
Quando falamos o que sentimos
E sentimos o que estamos a dizer,
Nada mais é preciso, para nos fazermos entender.
Porque nas palavras vai a alma
E toda a dedicação,
Que nos tornam mais humanos, e capazes de compaixão.
Gostava de estas palavras
vir um dia a encontrar,
No livro da sabedoria, do qual tentamos fazer guia
Nesta vida tão vazia
Com tanto para ocupar…
…com palavras…
Palavras leva-as o vento
Mas nem sempre é assim
Porque nos ficam no pensamento,
Aquelas que para nosso contento, terminam com o sofrimento
E nos levam ao momento, da felicidade sem fim.
É fácil de com palavras conseguir
Fazer o outro acreditar
Que com esforço e palavras certas, consegue os sonhos concretizar.
Mas só as palavras-chave
Têm o condão de despertar, as competências que cada um tem,
E de como as demosntrar.
Tais palavras quando ditas, em momentos cruciais
Fazem-nos entender o que estávamos a perder
Em não lutar pelos nossos ideais.
Só pessoas com o dom da palavra, conseguem fazer passar
Na mensagem que transmitem, que faz o outro acreditar,
Que não são só meras palavras, que não foram palavras vãs
Que são tudo o que se precisava,
Porque na nossa vida, tudo aquilo que cá fica
Foi a palavra dita, a palavra escrita,
Não só pela manhã,
Não só pela tarde dentro,
Foi aquela que se ouviu e ficou no pensamento.
Otília Lopes
A idade de um rosto
ResponderEliminarEsta idade que eu conto
Teve um inicio, terá um fim,
Não aquele que imagino
Não o que imaginaram para mim.
Esta idade será sempre
aquela que eu imaginei,
será sempre aquela idade
em que eu me realizei.
Todos temos uma vida
Essa vida tem idade,
Mas nem todos têm na vida
Momentos de grandiosidade.
Quando a vida é vivida
Sem olharmos à idade,
Podemos olhar para trás e sorrir
Para uma vida sem idade.
Não é a idade que nos faz
Fazemos nós a idade,
Podemos sentir que a vivemos
Em completa liberdade.
Num rosto com idade
Encontramos honestidade, sabedoria,
Nesse rosto transparecem
Momentos de amor e alegria.
A idade tudo traz
a idade é um posto,
a idade é aquela, que cada um traz no rosto.
O rosto é o espelho da alma
E nele transparece,
A idade que cada um tem
E que o outro desconhece.
Mas se pensando que olhando um rosto
A idade se conhece,
Quando olhamos olhos nos olhos,
A idade desaparece.
Tenho idade para dizer
Que não sinto a idade que tenho,
Sinto-me com força para viver
A vida com mais empenho.
A idade é uma criança
Quando a sabemos viver,
Com amor e alegria, seremos jovens…até morrer.
A idade é um estado de alma
Em que temos de saber dançar,
Ao som de uma melodia que a nossa vida guia
E nos faz despertar.
Para uma dança sem fim
Que nos eleva ao infinito,
Que nos murmura com calma…
…que a idade tem alma…
E jamais terá fim.
Otília Lopes
VERSOS LIVRES, VERSOS A FLOREAR
ResponderEliminarAQUI DEIXO EM VERSO O PROCESSO RVCC
NA MINHA MANEIRA DE PENSAR.
Vejam bem meus senhores
O que havia de acontecer;
Aos quarenta e dois anos de idade
Resolvi novamente aprender.
Se por acaso conseguir
Com esta experiência que me custou tanto;
O nono ano conseguir
Ficarei pasma de espanto.
Quando penso que em criança
Estudar não consegui;
Começo sinceramente a duvidar
Que consiga chegar ao fim.
Fim até pode ter
Só não sei se será o que espero;
Que é alcançar o nono ano
E para isso me esmero.
Não sei se só com esmero
Lá conseguirei chegar,
É precisa persistência
E essa começa a faltar.
Há dias em que penso
Meu Deus, que fui eu fazer;
Meter-me a estudar agora...
...burro velho mais vale morrer.
Mas só de burros não conta a história
E eu espero poder contar;
Um dia mais tarde aos meus netos
Como aos quarenta e dois anos, a avó voltou a estudar.
Com a Matemática para a vida
Original forma de ensinar;
Com as situações do dia-a-dia
Com que temos de lidar.
Língua Portuguesa...sem dúvida
Mais um método de comunicar;
E através da nossa escrita
Os erros poder emendar.
Não esqueçamos as Tecnologias
Informática e Comunicação;
Hoje em dia indespensáveis
Para qualquer cidadão.
Cidadania e Empregabilidade
Vieram logo a seguir;
Foram bastante utilizadas
Para nos poder instruir.
Com estas quatro vertentes
A aprendizagem começou;
Quando elas terminarem
Veremos quem se safou!
A aprendizagem começou
Com o meu Auto-Retrato,
Nele tentei descrever-me
Com uma análise a mim mesma
Ao mais profundo do meu ser.
Mas foi no meu Percurso de Vida
Que melhor me dei a conhecer,
Nele descrevi acontecimentos
Que revelam a minha maneira de ser.
Vieram as Leituras de Cabeceira
Tinha livros imensos...sem fim;
Para vos descrever sinceramente
O que a leitura representa para mim.
É uma sensação infinita aquela
Que eu sinto quando estou a ler;
Livros que falam por eles
E que eu leio com prazer.
Talvez o gosto pela leitura
Me inspire a escrever;
Estas rimas sem sentido
Ou talvez versos venham a ser.
Geometricamente falando
Assim tivemos de aplicar;
O Teorema de Pitágoras
Do qual nunca tinha ouvido falar.
Continuando vou em frente
Fazer a Viagem da Minha Vida...
Da imaginação para o papel
Ficou bem divertida.
Decidi viajar a Itália
De onde uma carta escrevi,
Sei que é tudo imaginação
Mas tem graça ser assim.
Descrevi Itália, os Italianos
Coisas que eu nunca vi;
Consegui convencer-vos disso?
Tenho esperança que sim.
Um tema livre é pedido
Para podermos escrever;
Sobre o que quisermos
E melhor soubermos fazer.
Veio a ReflexãoFinal
E dei comigo a pensar;
Que o processo rvcc
Ao fim está a chegar.
Podem pensar que é mentira
Mas digo com sinceridade;
Quando o RVCC terminar
Começa o processo...SAUDADE.
É melhor não pensar nisso
E para finalizar
Vou escrever uns versos e tentar homenagear
A grande Florbela Espanca
Na minha forma de pensar.
Florbela Espanca é para mim
Um encontro do meu “eu”
Quando leio os seus sonetos
Sinto-me num mundo só meu.
Os versos que vou escrever
Com a vida real nada têm a ver;
São fruto da minha imaginação
Do meu gosto de escrever.
Espero que os apreciem
Pois em Florbela Espanca me orientei;
Li muitos dos seus sonetos
Nos quais me inspirei.
São à toa, são sem nexo
Se eu conseguir com eles convencer;
O Júri desta escola
O nono ano vou obter.
Otília Lopes
O MEU MODO DE INTERPRETAR FLORBELA ESPANCA:
ResponderEliminar“DESEJO”
Meu Deus que é que eu faço
Com esta paixão que me domina
É proibida, é insensata;
Nesta fase da minha vida.
Não sei como aconteceu
Não sei como começou;
Só sei que quando te vi
Todo o meu ser se agitou.
O meu coração chama por ti
O meu corpo por ti anseia;
Meu Deus...quem me dera não sentir
Esta chama que me incendeia.
É difícil; dói imenso
Porque sei que não te posso ter,
Mas gostava de um dia
Dar-te o meu amor a conhecer.
Estou a divagar
Estou a sonhar acordada,
Mas sonhar não é pecado
Quando não nos resta mais nada.
Nada!
É aquilo que entre nós vai acontecer,
Mas posso imaginar
O que poderia vir a ser.
É como tábua de salvação
De um naúfrago em mar alto;
Quando não nos resta mais nada
E vivemos em sobressalto.
Assim fica meu coração
Cada vez que te vejo;
Nessa altura mesmo sem querer
Penso em ti com desejo.
O meu desejo neste momento
Era o de poder beijar-te;
Envolver-te no meu abraço
E então livremente........
Tão somente................
.....AMAR-TE......
Otília Maria da Silva Lopes
Quero ser teu amigo
ResponderEliminarNem demais e nem de menos
Nem tão longe, nem tão perto
Na medida mais precisa
Que eu puder.
Mas amar-te
Sem medida
E ficar na tua vida
Da maneira mais discreta
Que eu souber
Sem tirar-te a liberdade
Sem jamais te sufocar
Sem forçar tua vontade
Sem falar, quando for hora de calar
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente
Nem presente, for demais
Simplesmente
Calmamente
Ser-te paz...
É bonito ser amigo
Mas confesso, é tão difícil aprender!
E por isso, eu te suplico paciência
Vou encher, este teu rosto de lembranças!
Dá-me tempo de acertar
Nossas distâncias!
Maria Albertina Arnault Dinis
Um Sorriso
ResponderEliminarAo sorriso a alguém
És tu próprio, fazer bem
Porque um sorriso que se dá
Que o próximo faz feliz
Que lhe transmite alegria
É sinal de amizade
Confiança, lealdade
Que afasta qualquer tristeza!
Pode abrir um coração
Um sorriso é só ternura
Verdadeira sã e pura
Um sorriso é luz que brilha
Um sorriso é mão estendida
Um ombro para chorar
Um sorriso é uma canção
Um sorriso és tu irmão
Que sabe dar e recber!
Um sorriso de bem-querer
Que pode mudar a vida!
Um sorriso é mais que pão
Que dás a qualquer mendigo
Um sorriso é um amigo
Que teus olhos faz brilhar
É uma flor para cheirar
Um passarinho a cantar
Que sentes no coração
Um sorriso é um amigo.
Maria Albertina Arnault Dinis
Poema ao Sol
ResponderEliminarQuero pintar o céu
Cor de faces de criança
De olhos azul - Céu
Com cor de esperança.
Eu quero pintar o sol
Sobre flores, do meu jardim
Para dar vida às Rosas
E perfumar o jasmim
E quando chega a primavera
Traz de volta a alegria
Com o canto dos passarinhos
A desejar-nos bom dia.
Quero pintar o sol
No rosto de uma criança
Quero pintar seus olhos
No azul do mar, esperança.
Não sabemos se devemos
Admirar ou reflectir
Quando a noite chega
E vimos o sol partir
Entre nuvens e o mar
Descendo do céu magestoso
Fixando-se no crepúsculo
Na intencidade de recordar
Desaparecendo no horizonte
A visão, torna-se inesquecível
De comovente sinfonia
Tudo muda e permanece
Até ao romper do dia.
Maria Albertina Arnault Dinis
Um Sonho
ResponderEliminarQuando sonhamos sozinhos
É só mais um sonho
Quando sonhamos juntos é o
Começo de uma nova realidade.
O dia mais importante
Não é o dia em que conhecemos uma pessoa
Mas aquela em que ela passa
A existir dentro de nós.
Cesário Fernandes
Poema da Saudade
ResponderEliminarSe eu podesse falar
Ou simplesmente te olhar
Olhava o ceú e chorava
Com vontade de te abraçar.
A saudade é tristeza
É a mágoa de dizer
Adeus a quem se ama
E se acaba por perder
Da paixão nasce a saudade
Nasce a dor e a alegria
Nasce também a esperança
De te abraçar algum dia.
Idalina Matias
NATAL
ResponderEliminarNatal...
É de todo aquele
Que estende a sua mão,
Dando aquilo que não tém
Partilhando com seu irmão
Natal...
Está na alma
De todo o ser humano
Qual estrela brilhante vai,
O caminho iluminando
Natal...
É uma sinfonia
De coros celestiais,
Que nos enchem o coração
De melodias ancestrais
Natal...
Tem tudo a ver
Com a predisposição,
Que cada um, e todos têm em si
De fazer as pazes com seu irmão
Natal...
É um céu infinito
Aberto à imaginação,
Qual paleta de um artista
Pintando com paixão
Natal....
São sorriso abertos
Em rostos de felicidade,
Parecem anjos querubins
Qual rosto sem idade
Natal....
É meu...É teu
Se o quiseres partilhar,
Será a época especial do ano
Em que o Amor paira no ar
Natal...
É para todos
Ou assim deveria ser
Está nas minhas, nas mãos
Fazer isso acontecer
Natal....
É, e será sempre
Aquela época do ano
Em que renasce Jesus Cristo
Em todo o ser humano.
Ano Novo
ResponderEliminarPara trás, ficou o velho
Vem o novo a entrar,
Tem por nome: Ano Novo
E a vida vem renovar
Novos sonhos, novas lutas
É como um novo despertar,
Do sono de uma vida inteira
Que o Ano Novo vem recomeçar.
É como roupa lavada,
Que ao vento vai esvoaçando
Levando mágoas antigas,
E os sonhos transformando.
Qual alma purificada
E com uma nova luz,
Qual rosto sem lágrimas antes derramadas
O Ano Novo trás novo caminho
Que a outro no conduz,
E nos tira da encruzilhada, de uma vida passada
Que em nada nos seduz.
Porque o Ano Novo tem o condão,
De nos fazer pensar
Que na vida tudo se consegue,
Se para isso se lutar.
Todos os anos o Ano Novo, nos dá uma lição:
Que para chegarmos ao ano seguinte,
Apenas está na nossa mão.
CARNAVAL
ResponderEliminarLá vem ele mascarado
É um grande folião,
-Quem é ele? Perguntam todos,
-É o Entrudo, pois então!
A máscara esconde o rosto
Do autor das diabruras
Canta, dança, salta e pula
Contagiando com suas loucuras.
Onde passa deixa rasto
Da sua contagiante alegria
Com todo o seu frenesim,
Leva todos à folia.
Rostos alegres e sorridentes
Rostos cobertos de solidão,
Rostos tapados com uma máscara
Disfarçando na multidão,
Todo aquele que sem se envolver passa
O Carnaval sem paixão.
Porque o Carnaval é o dia
Em que todos são convidados
A deixar para trás
Todos os males já passados.
Porque o Carnaval é alegria,
Porque o Carnaval é paixão,
Soltam-se totalmente as amarras da eterna solidão
Foliando, até a madrugada
Nos fazer dormir nos braços da exaustão!
PÁSCOA
ResponderEliminarLá longe, uma mancha escura.
Mais perto, uma multidão,
Que desfila a passo incerto
Perdida na imensidão
De pensamentos fúteis e vazios
Que não dão para notar aquele que a seu lado caminha,
Com ele a conversar.
Fala-lhe do dom da vida,
Que ele deixa passar
Com a correria do dia-a dia
Sem parar para pensar
Que o amanhã pode não acontecer,
Se ele não souber ouvir
Aquele que está sempre a seu lado
Ajudando-o a sorrir.
Companheiro invisível
Presente em todos os momentos,
Que para estar entre nós
Passou por grandes tormentos.
Todos os anos, pela Páscoa
Faz questão de nos lembrar
Que sacrifício da vida é o renascer e o festejar
De um acto intemporal que por nós há-de passar...
..............A PÁSCOA!
Poesia
ResponderEliminarNa poesia está a reflexão
De pequenos e grandes momentos
De todas as horas passadas
Com pequenos e grandes nadas
Que a vida nos concede
Qual momento furtivo
Captado em câmara lenta
Que para sempre fica cativo
De um olhar em tormenta
Que em tudo vê poesia
Qual gosto de maresia
Que na boca sabe a salgado
Qual cavalo alado
Que no céu rasga o vento
E nos transmite em pensamento
A beleza da poesia
Escrita em palavras, gestos e olhares
Na beleza das flores, no canto dos pássaros
Nas melodias populares, nas tradições seculares
Que em nós deixa em herança
Uma obra que a todos alcança
Até em forma de melodia
Que através da música em palavra escrita
Se transforma em POESIA.
SONHAR
ResponderEliminarPelo caminho da hesitação,
Sem esperar a doce tentação,
Rotação, pulsação ao limite,
20 anos a lembrar…como será o amanhecer
Nada regressa…
Sonhar, Oh…deixa-me sonhar
Tão rápido, tão real parece...
You’re the one I love,
ResponderEliminarThere’s no-one like you
You make me feel strong and ready,
But at the same time weak and trembling
I just want to be with you
Forever long this night
Counting the stars and making the time stop
Dreaming is no longer enough
Reality is too unreal…
I can’t see you in any of them
Buried in a deep black hole
ResponderEliminarTrying to dig up to the surface
Setting up some revelations
In this claustrophobic soul
Hot place, wet place
Nothing to care, nothing to share
Only old papers to read
In a cold mysterious sea
Trapped in a spider’s web
No strength left to leave
A bird flies over
Freely through heaven
A light between shadows
Showing the closest way to pleasure
Faked memories across time
ResponderEliminarBooks of stories aren´t related to history
Who are we, where do we came from
Reality is no longer truthful
Moving forward is the only option left
Forgetting the past and see what comes next
Living everyday like it was the last
People of trust, friendship behind
Things are not the same
Since the age of time has run away
Mistakes of life, painful than death
Only learning through them
Poema dedicado à minha Avó:
ResponderEliminarGotas feridas saem do coração…
Gotas de sangue!...
Ela vai deixar-nos,
decidiu com grande custo partir
e sofre os seus últimos instantes!...
Lá se foi a sua genica,
a sua sabedoria,
tanto amor que tinha ainda para dar…
Suas palavras mansas,
seus gestos de carinho,
ficarão para sempre
cravados no meu coração!
Como nos pode deixar?!...
A minha avó querida,
que pela eternidade amarei…
Quem a poderá esquecer?!!!
Dedicado ao meu avô:
ResponderEliminar«Dispor da vida, é muito fácil,
mas dispor da morte… é preciso
ter muita coragem!».
Faltava-lhe a Miquitas,
e o sorriso de menina!
Qual era a sua vontade de viver?!
E o objectivo da sua vida?
No meio de tanta mágoa,
Tanta dor, sofrimento e saudade,
procurava a companheira já perdida!
Faltava-lhe tudo…
A sua metade!...
Como poderia ele,
sobreviver assim?!!!
Boa tarde Maria Goreti.
EliminarO concurso de poesia terminou e, embora, não tenha sido vencedora iremos entregar uma compilação de todos poemas a todos os participantes no concurso. Como não temos acesso ao seus contato de e-mail, nem de telefone, agradeciamos que nos enviasse a sua morada ou entrasse em contato connosco para o nº 236628355 para podermos articular a melhor forma de lhe fazer chegar um exemplar.
Em todo o caso fica, desde já, convidada para comparecer a uma cerimónia de entrega de certificados e diplomas que irá decorrer dia 3 de maio na Casa da Cultura em Alvaiázere pelas 20h, uma vez que iremos entregar o prémio em mãos a todos aos particiapantes que poderem comparecer à dita cerimónia.
Com os melhores cumprimentos
O CNO da ETPSICÓ
LER É CRESCER
ResponderEliminarTu se andas sem destino,
Sem saber para onde vais.
Vem daí e vai comigo,
Às Novas Oportunidades Ler +.
Para Novas Oportunidades Ler +
Eu quero contribuir.
Todos nós somos iguais,
Por isso devemos ir.
“Querer aprender mais”,
Foi slogan do meu processo.
Às Novas Oportunidades Ler +,
Eu desejo muito sucesso.
Ler,
É saber, é falar, é viver.
Sem ler não se vive,
Não se desenvolve, não se sobrevive.
É comunicar, é crescer.
Como penso para comigo e digo
Sem ler, não sobrevivo.
Não tem sentido
Sem ler é: ser povo, mas desiludido.
Vamos povo, de novo, reviver, renascer, crescer, ler.
Ver
Como é bom não se desfazer,
Do aprender, do querer ler mais poesia.
Vamos todos cada dia, indo, sorrindo, cantando e andando.
Mas sempre perguntando
Porque não se lê mais?
Vamos agora, sem demora,
Às Novas Oportunidades, Ler + e mais e muito +
A minha terra
ResponderEliminarA minha terra é uma aldeia pequena,
perdida na vastidão do Mundo.
Não é nenhuma cidade
mas uma terra de verdade
com ar doce e expressão serena,
que me viu crescer
brincar e correr,
por vales e montes,
caminhos e carreiros
a descobrir horizontes.
Esteve sempre comigo
e ajudou-me na evolução,
deu-me alimentos e frutos
para a minha refeição.
É esta terra, que trago no coração
a minha povoação,
Sem grandes problemas e actividades,
mas é uma terra acolhedora
com pessoas que ajudam o seu vizinho,
terra de bom azeite e bom vinho,
e de gente trabalhadora.
Gosto muito deste lugar,
de ver o Sol a acordar
e de manhã ao levantar,
de abrir os braços e espreguiçar,
sentir o cheiro a alecrim e pinho,
que o vento traz no ar.
E agora na Primavera fica toda catita,
com os campos cheios de flores
e os animais de amores,
ainda fica mais bonita.
Este lugar é o meu berço,
a minha cama e o meu lar,
não há outro no mundo,
que trocasse por este lugar.
As pessoas estão um pouco envelhecidas,
não haverá problema nesta questão
já vejo por aqui muitas crianças
será a nova geração.
As pessoas idosas têm imensa sabedoria,
é com elas que me vou aconselhar
sem receberem nada em troca
estão sempre prontos a ajudar.
É esta a minha terra,
com muito amor e afectos,
já só me falta dizer
que se chama lugar dos NETOS.
VIVER
ResponderEliminarA vida é feita de alegrias e tristezas,
Que nos trazem lembranças e saudades…
Mas que seria de nós sem elas?
Um espaço fechado e vazio,
Sem sentimentos, só um silêncio profundo,
Que nos faz padecer.
Mas se pararmos por um instante,
Vemos que cada amanhecer,
Nos traz a esperança de um novo viver…
Como uma brisa leve que nos bate no rosto,
Parecendo acariciar-nos, por cima de nós
O azul infinito do céu contempla-nos
com a sua beleza Celestial,
Que nos faz pensar como a vida é bela!
Vale a pena viver, com a certeza
Que haverá um novo amanhecer,
E, ao abrirmos a porta da nossa vida
Vemos a esperança prevalecer.
Liliana Matias
Noite
ResponderEliminarEsta noite
Mais que nas outras
Há algo que me entristece,
Talvez seja dúvida, ou ansiedade,
Por algo que não acontece.
Nesta noite
Imensa, sem fim;
Relembro memórias, pensamentos e ilusões
De um sonho que como Quimera,
Se desvanece na sombra desta
Noite.
Longa, espaçosa demais para mim
Faz com que me sinta a navegar,
Num mar de emoções sem fim.
Esta noite asfixia-me
Faz-me ter medo, até pavor
Do vazio que se aproxima galopante,
Deixando-me inerte nesta apatia
Que me reveste.
Nesta noite
Em que já não consigo sequer pensar
Ou até simplesmente, sonhar.
Mas, nesta noite
Algo vai acontecer:
O meu pensamento voará
Livre, solto,
Desprendendo todo o meu ser!
Sim; porque esta noite
Serei livre de voar
Nas asas do pensamento, expressando com sentimento,
Que nunca deixarei de sonhar.
Otília Lopes 14/4/2011
Poesia.
ResponderEliminarSerá isto que escrevo,
O pensamento que me flui?
Será quadra, será verso
Qual chama que evolui
Pensamento descoordenado
Voando nas asas do vento,
Qual rota desconhecida
No estranho caminho do tempo.
Poesia...
O que será?
O que entendo eu por isso
Serei poeta sem saber?
Não assumo tal compromisso.
Encho a alma plenamente
Quando estou a escrever
Nesse momento a poesia,
Preenche todo o meu ser.
Não me considero poeta, e não tenho
Tal aspiração
Apenas escrevo palavras
Que me dita o coração
E que ganham mais sentido
Em dias de solidão.
Quando leio aquilo que escrevo
Dou comigo a pensar: se pensas que és poeta...
Estás mesmo a divagar!
Porque é disso que se trata
Nesta situação:”de poeta e de louco, todos temos um pouco”
E perdemos um pouco a razão,
Quando nos deixamos levar
Nas asas da imaginação
Que é a poesia.
Otília Lopes 17/02/11
Sicó é saber
ResponderEliminarO saber não ocupa lugar.
Sempre ouvi dizer.
Nas Novas Oportunidades.
Estou sempre a aprender.
Com professores muito atentos.
E prontos a ensinar.
Muito fui aprendendo.
Mas também recordar.
O saber não ocupa lugar.
Eu quero sempre aprender.
Mesmo sendo burro velho.
Alguma coisa hei-de fazer.
Tive medo de começar.
Não sabia que fazer.
Mas hoje estou a gostar.
Do que estou a aprender.
A escola da Sicó.
É um ponto de referência.
Para quem quer aprender.
E adquirir competência.
Passado que são os momentos.
De grande euforia e espanto.
Deitamos mãos à obra,
Para o RVCC fazer,
E no final o diploma receber!
M. Arnaut.
Sonhando.
ResponderEliminarAdormeci, sonhei.
O meu sonho foi enorme…
Durou talvez uma vida.
Minha noite foi tão calma…
Fui arquitecto, fui também pintor.
Que pintou o verde, da sua esperança…
Esculpiu na própria alma um sonho.
Sonho esse de criança.
Por isso também fui escultor.
Fui genial artista, mal sabia ler.
O que aprendi em sonho.
Foi Deus que me ensinou.
Lá na floresta virgem.
Onde tantas vezes ajoelhou!
Viveu uma vida inteira.
Olhando o céu, sonhou.
Mas quando acordei.
Minha vida de saudade…
Quem me dera viajar.
Ao encontro desse sonho.
Que um dia acabou.
Mas o destino, assim quis.
Nesse sonho fui feliz.
M. Arnaut. D.
Flor de Bronze
ResponderEliminarFilha de branco, que morreu na guerra.
E duma preta, linda do Libôio.
O teu olhar até a noite encerra.
Todo o luar das lendas de Catôlo!
Ó flor estranha!
Já não tem consolo.
A tua mágoa a tua dor na terra.
É flor estranha do febril Catôlo.
Neta dum soba que perdeu a guerra!
Estátua ardente em bronzeadas chamas.
Que tentação e perdição, derramas.
Sobre a história negra, quase findas!
Neta dum soba que acabou chorando.
Filha de branco, que morre lutando.
E de uma preta tristemente linda.
Os teus defeitos são graças.
Desse mistério profundo…
Saudades de duas raças.
Que se abraçam no mundo!
M Arnaut D.
Céu de Inverno.
ResponderEliminarCéu triste.
Céu de chumbo.
O mar carrega, o seu peso.
De estanho amolgado.
As cinzentas, as pálidas e ternas cores.
Que o pintor na sua tela.
Vai pintando com amor.
Modesto, como o sol esta tarde.
Que cai nos laços das nuvens.
.Sol simples, redondo, vermelho.
Sem raios, sem lembranças.
Do seu brilho, do seu calor.
Que lição para o homem!
Esse equilíbrio da natureza.
Que nos dá uma lição.
E nos mostra sua beleza
As nuvens, estão de viagem.
Levam na sua memória.
O mar de vagas batendo.
Nas rochas docemente.
Com pinceladas imensas.
Apagam e voltam a apagar.
O que já esta apagado.
Rolam e voltam a rolar.
Nas conchas e seixos macios.
Sem um lamento.
Mas eis o vento, a chova.
Que cai, vinda de um grande deserto.
Tudo esta, coberto, manchado.
Sujo, entorpecido.
Nada de leve, nada de eterno.
Nos teus olhos, um pouco perdido.
Ausente, e esquecido.
M. Arnaut. D.