terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Novas Oportunidades a LER +: Concurso de Poesia/Quadras

O Plano Nacional de Leitura, em parceria com a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), promove o projecto Novas Oportunidades a Ler +, de forma articulada com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE).

Pretende-se incentivar hábitos de leitura junto do público adulto dos Centros de Novas Oportunidades e dos seus círculos de familiares e amigos e apoiar o processo de desenvolvimento e consolidação de competência
s. Por considerar uma mais-valia para a comunidade, o Centro de Novas Oportunidades da ETPSicó aderiu a este projecto com objectivo de criar:
• Ambientes de leitura no Centro de Novas Oportunidades;
• Dinâmicas e percursos pessoais de leitura;
• Práticas de uso regular dos recursos das bibliotecas.


Neste âmbito o Centro de Novas Oportunidades da ETPSicó está a promover um concurso de poemas/quadras inéditos criados pelos participantes. Irá ser feita uma recolha de poemas/quadras que depois de analisada pela equipa será objecto de publicação aqui no BLOG do Centro. Os interessados deverão consultar o regulamento do concurso abaixo indicado ou dirigir-se às instalações do mesmo, no Centro de Negócios do Camporês.


Regulamento do Concurso de Poesia

1. No âmbito da iniciativa Novas Oportunidades Ler+, o Centro Novas Oportunidades da ETPSicó promove o Concurso de Poesia de Dezembro de 2010 a Abril de 2011.

2. O presente concurso visa promover a escrita e a leitura, junto dos adultos que frequentam o Processo RVCC (de nível Básico e Secundário) assim como todos os interessados em Participar no mesmo.
3. Os trabalhos a concurso deverão ser poemas/quadras inéditas dos participantes.
4. Os participantes deverão fazer chegar os seus poemas/quadras directamente, junto do Centro Novas Oportunidades ou via e-mail (…).
5. O Centro Novas Oportunidades, como organizador do Concurso fará a selecção dos melhores poemas/quadras recebidos através de uma equipa de Júri, constituída por um Profissional de RVC e formadores de diferentes áreas dos referenciais (nível Básico e/ou Secundário). Não serão atribuídos prémios ao mesmo participante em diferentes categorias.
6. Os poemas/quadras serão colocados/divulgados no Blog do Centro pela Equipa Técnico-pedagógica, após a análise e correcção por parte dos elementos que irão compor o Júri.
7. A recompensa será a publicação dos melhores poemas recebidos, segundo as diferentes categorias especificadas no ponto 8. A divulgação será feita através do Blog e de uma pequena publicação.
8. As categorias seleccionadas são: Natal, Ano Novo, Carnaval, Páscoa e Tema Livre.
9. O valor apurado com a venda da publicação reverterá em parte/na totalidade para uma IPSS ou Associação carenciada da região (a definir).
10. Não serão considerados textos narrativos.
11. Caso o número de poemas recebidos não seja o necessário para publicação, serão recompensados os melhores textos com prémio a considerar.
12. O presente concursos tem o apoio das Câmaras de Ansião, Alvaiázere e Penela.
13. O anúncio dos textos seleccionados para publicação será feito via Blog, página da Escola e rádio local.
14. A publicação será efectuada a 29 de Abril de 2011.


Deverão enviar os vossos poemas para:



ou comentar directamente no BLOG.


Para não temerem serem os primeiros a criar um poema deixamos um exemplo relacionado com as Novas Oportunidades. No entanto, atenção porque só se aceitam criações originais:


Eu, tu, ele... seres em construção!

Que bom que tenho consciência
Do ser que sou, fragmentado
Alguém sempre em construção
Imperfeito, incompleto, inacabado

Que bom que tenho consciência
Que o crescimento é parcelado
E que quanto mais eu aprendo
Nunca estou, por completo, "terminado"

Que bom que a mim é dado
A oportunidade de corrigir, de ser reciclado
De investir no que acho que está certo
E corrigir, tentar mudar o que está errado

Que bom que a mim é dado
A oportunidade de ser renovado!...


citado por Juiz de Fora, abril de 2008 in http://sitedepoesias.com/poesias/28968


32 comentários:

  1. Ler…
    É um estado de alma
    A que temos de estar atentos
    A todos os sofrimentos
    Que a leitura dos sinais dos tempos nos provoca
    E que nos mostra o quanto é urgente,
    Ler…
    Que a vida que por nós passa
    E à qual não achamos graça,
    Mas que por si só é uma dádiva
    Se não olharmos à desgraça,
    Do tempo que por nós passa e não soubermos
    Ler…
    Os pensamentos que nos rodeiam
    E que em voz silenciosa nos aconselham,
    Que a vida que vivemos
    É tudo, menos um desperdicio de um olhar sereno,
    Que capta o estado de alma, de quem por nós passa
    E nos dá um sorriso com graça, que parece dizer que ,
    Ler…é urgente!!!
    Para mim, para ti, para toda a gente…
    …Porque a vida é um livro que nunca mente.

    Fim!
    Otilia Lopes

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  2. Palavras
    Na vida tudo tem um começo
    Mas não tem que ter um fim,
    Porque o que eu fizer na vida, permanece depois de mim

    Pequenas , grandes coisas,
    Coisa imensas sem fim
    Fazem o livro da vida que alguêm lerá no fim.

    Livro aberto ou fechado,
    A vida toda tem dentro
    Permanece dentro dele, o que nos vai no pensamento.

    Palavras… só meras palavras
    Qualquer um pode falar
    Palavras do fundo da alma, sentidas, choradas,
    Palavras que façam amar
    Não são fáceis de dizer, muito menos de encontrar,
    Mas estarão no livro da vida, para quem o souber decifrar.

    Na vida tudo tem valor
    Não pode ser de outra maneira
    Só assim podemos dizer, que não é só ao amor que temos de dar valor

    Para isso tem que se ter
    Coragem de saber falar,
    As palavras-chave da vida, que nos fazem na vida pensar.
    Quando falamos o que sentimos
    E sentimos o que estamos a dizer,
    Nada mais é preciso, para nos fazermos entender.
    Porque nas palavras vai a alma
    E toda a dedicação,
    Que nos tornam mais humanos, e capazes de compaixão.

    Gostava de estas palavras
    vir um dia a encontrar,
    No livro da sabedoria, do qual tentamos fazer guia
    Nesta vida tão vazia
    Com tanto para ocupar…
    …com palavras…

    Palavras leva-as o vento
    Mas nem sempre é assim
    Porque nos ficam no pensamento,
    Aquelas que para nosso contento, terminam com o sofrimento
    E nos levam ao momento, da felicidade sem fim.

    É fácil de com palavras conseguir
    Fazer o outro acreditar
    Que com esforço e palavras certas, consegue os sonhos concretizar.
    Mas só as palavras-chave
    Têm o condão de despertar, as competências que cada um tem,
    E de como as demosntrar.

    Tais palavras quando ditas, em momentos cruciais
    Fazem-nos entender o que estávamos a perder
    Em não lutar pelos nossos ideais.

    Só pessoas com o dom da palavra, conseguem fazer passar
    Na mensagem que transmitem, que faz o outro acreditar,
    Que não são só meras palavras, que não foram palavras vãs
    Que são tudo o que se precisava,
    Porque na nossa vida, tudo aquilo que cá fica
    Foi a palavra dita, a palavra escrita,
    Não só pela manhã,
    Não só pela tarde dentro,
    Foi aquela que se ouviu e ficou no pensamento.

    Otília Lopes

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  3. A idade de um rosto

    Esta idade que eu conto
    Teve um inicio, terá um fim,
    Não aquele que imagino
    Não o que imaginaram para mim.

    Esta idade será sempre
    aquela que eu imaginei,
    será sempre aquela idade
    em que eu me realizei.

    Todos temos uma vida
    Essa vida tem idade,
    Mas nem todos têm na vida
    Momentos de grandiosidade.

    Quando a vida é vivida
    Sem olharmos à idade,
    Podemos olhar para trás e sorrir
    Para uma vida sem idade.

    Não é a idade que nos faz
    Fazemos nós a idade,
    Podemos sentir que a vivemos
    Em completa liberdade.

    Num rosto com idade
    Encontramos honestidade, sabedoria,
    Nesse rosto transparecem
    Momentos de amor e alegria.

    A idade tudo traz
    a idade é um posto,
    a idade é aquela, que cada um traz no rosto.

    O rosto é o espelho da alma
    E nele transparece,
    A idade que cada um tem
    E que o outro desconhece.

    Mas se pensando que olhando um rosto
    A idade se conhece,
    Quando olhamos olhos nos olhos,
    A idade desaparece.

    Tenho idade para dizer
    Que não sinto a idade que tenho,
    Sinto-me com força para viver
    A vida com mais empenho.

    A idade é uma criança
    Quando a sabemos viver,
    Com amor e alegria, seremos jovens…até morrer.
    A idade é um estado de alma
    Em que temos de saber dançar,
    Ao som de uma melodia que a nossa vida guia
    E nos faz despertar.

    Para uma dança sem fim
    Que nos eleva ao infinito,
    Que nos murmura com calma…
    …que a idade tem alma…
    E jamais terá fim.

    Otília Lopes

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  4. VERSOS LIVRES, VERSOS A FLOREAR
    AQUI DEIXO EM VERSO O PROCESSO RVCC
    NA MINHA MANEIRA DE PENSAR.

    Vejam bem meus senhores
    O que havia de acontecer;
    Aos quarenta e dois anos de idade
    Resolvi novamente aprender.

    Se por acaso conseguir
    Com esta experiência que me custou tanto;
    O nono ano conseguir
    Ficarei pasma de espanto.

    Quando penso que em criança
    Estudar não consegui;
    Começo sinceramente a duvidar
    Que consiga chegar ao fim.

    Fim até pode ter
    Só não sei se será o que espero;
    Que é alcançar o nono ano
    E para isso me esmero.
    Não sei se só com esmero
    Lá conseguirei chegar,
    É precisa persistência
    E essa começa a faltar.
    Há dias em que penso
    Meu Deus, que fui eu fazer;
    Meter-me a estudar agora...
    ...burro velho mais vale morrer.

    Mas só de burros não conta a história
    E eu espero poder contar;
    Um dia mais tarde aos meus netos
    Como aos quarenta e dois anos, a avó voltou a estudar.

    Com a Matemática para a vida
    Original forma de ensinar;
    Com as situações do dia-a-dia
    Com que temos de lidar.

    Língua Portuguesa...sem dúvida
    Mais um método de comunicar;
    E através da nossa escrita
    Os erros poder emendar.

    Não esqueçamos as Tecnologias
    Informática e Comunicação;
    Hoje em dia indespensáveis
    Para qualquer cidadão.
    Cidadania e Empregabilidade
    Vieram logo a seguir;
    Foram bastante utilizadas
    Para nos poder instruir.

    Com estas quatro vertentes
    A aprendizagem começou;
    Quando elas terminarem
    Veremos quem se safou!
    A aprendizagem começou
    Com o meu Auto-Retrato,
    Nele tentei descrever-me
    Com uma análise a mim mesma
    Ao mais profundo do meu ser.

    Mas foi no meu Percurso de Vida
    Que melhor me dei a conhecer,
    Nele descrevi acontecimentos
    Que revelam a minha maneira de ser.

    Vieram as Leituras de Cabeceira
    Tinha livros imensos...sem fim;
    Para vos descrever sinceramente
    O que a leitura representa para mim.

    É uma sensação infinita aquela
    Que eu sinto quando estou a ler;
    Livros que falam por eles
    E que eu leio com prazer.



    Talvez o gosto pela leitura
    Me inspire a escrever;
    Estas rimas sem sentido
    Ou talvez versos venham a ser.

    Geometricamente falando
    Assim tivemos de aplicar;
    O Teorema de Pitágoras
    Do qual nunca tinha ouvido falar.

    Continuando vou em frente
    Fazer a Viagem da Minha Vida...
    Da imaginação para o papel
    Ficou bem divertida.


    Decidi viajar a Itália
    De onde uma carta escrevi,
    Sei que é tudo imaginação
    Mas tem graça ser assim.

    Descrevi Itália, os Italianos
    Coisas que eu nunca vi;
    Consegui convencer-vos disso?
    Tenho esperança que sim.




    Um tema livre é pedido
    Para podermos escrever;
    Sobre o que quisermos
    E melhor soubermos fazer.

    Veio a ReflexãoFinal
    E dei comigo a pensar;
    Que o processo rvcc
    Ao fim está a chegar.

    Podem pensar que é mentira
    Mas digo com sinceridade;
    Quando o RVCC terminar
    Começa o processo...SAUDADE.


    É melhor não pensar nisso
    E para finalizar
    Vou escrever uns versos e tentar homenagear
    A grande Florbela Espanca
    Na minha forma de pensar.

    Florbela Espanca é para mim
    Um encontro do meu “eu”
    Quando leio os seus sonetos
    Sinto-me num mundo só meu.



    Os versos que vou escrever
    Com a vida real nada têm a ver;
    São fruto da minha imaginação
    Do meu gosto de escrever.

    Espero que os apreciem
    Pois em Florbela Espanca me orientei;
    Li muitos dos seus sonetos
    Nos quais me inspirei.

    São à toa, são sem nexo
    Se eu conseguir com eles convencer;
    O Júri desta escola
    O nono ano vou obter.

    Otília Lopes

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  5. O MEU MODO DE INTERPRETAR FLORBELA ESPANCA:
    “DESEJO”

    Meu Deus que é que eu faço
    Com esta paixão que me domina
    É proibida, é insensata;
    Nesta fase da minha vida.

    Não sei como aconteceu
    Não sei como começou;
    Só sei que quando te vi
    Todo o meu ser se agitou.

    O meu coração chama por ti
    O meu corpo por ti anseia;
    Meu Deus...quem me dera não sentir
    Esta chama que me incendeia.

    É difícil; dói imenso
    Porque sei que não te posso ter,
    Mas gostava de um dia
    Dar-te o meu amor a conhecer.

    Estou a divagar
    Estou a sonhar acordada,
    Mas sonhar não é pecado
    Quando não nos resta mais nada.

    Nada!
    É aquilo que entre nós vai acontecer,
    Mas posso imaginar
    O que poderia vir a ser.

    É como tábua de salvação
    De um naúfrago em mar alto;
    Quando não nos resta mais nada
    E vivemos em sobressalto.

    Assim fica meu coração
    Cada vez que te vejo;
    Nessa altura mesmo sem querer
    Penso em ti com desejo.

    O meu desejo neste momento
    Era o de poder beijar-te;
    Envolver-te no meu abraço
    E então livremente........
    Tão somente................

    .....AMAR-TE......


    Otília Maria da Silva Lopes

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  6. Quero ser teu amigo
    Nem demais e nem de menos
    Nem tão longe, nem tão perto
    Na medida mais precisa
    Que eu puder.
    Mas amar-te
    Sem medida
    E ficar na tua vida
    Da maneira mais discreta
    Que eu souber
    Sem tirar-te a liberdade
    Sem jamais te sufocar
    Sem forçar tua vontade
    Sem falar, quando for hora de calar
    E sem calar, quando for hora de falar.
    Nem ausente
    Nem presente, for demais
    Simplesmente
    Calmamente
    Ser-te paz...
    É bonito ser amigo
    Mas confesso, é tão difícil aprender!
    E por isso, eu te suplico paciência
    Vou encher, este teu rosto de lembranças!
    Dá-me tempo de acertar
    Nossas distâncias!

    Maria Albertina Arnault Dinis

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  7. Um Sorriso

    Ao sorriso a alguém
    És tu próprio, fazer bem
    Porque um sorriso que se dá
    Que o próximo faz feliz
    Que lhe transmite alegria
    É sinal de amizade
    Confiança, lealdade
    Que afasta qualquer tristeza!
    Pode abrir um coração
    Um sorriso é só ternura
    Verdadeira sã e pura
    Um sorriso é luz que brilha
    Um sorriso é mão estendida
    Um ombro para chorar
    Um sorriso é uma canção
    Um sorriso és tu irmão
    Que sabe dar e recber!
    Um sorriso de bem-querer
    Que pode mudar a vida!
    Um sorriso é mais que pão
    Que dás a qualquer mendigo
    Um sorriso é um amigo
    Que teus olhos faz brilhar
    É uma flor para cheirar
    Um passarinho a cantar
    Que sentes no coração
    Um sorriso é um amigo.

    Maria Albertina Arnault Dinis

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  8. Poema ao Sol

    Quero pintar o céu
    Cor de faces de criança
    De olhos azul - Céu
    Com cor de esperança.
    Eu quero pintar o sol
    Sobre flores, do meu jardim
    Para dar vida às Rosas
    E perfumar o jasmim
    E quando chega a primavera
    Traz de volta a alegria
    Com o canto dos passarinhos
    A desejar-nos bom dia.
    Quero pintar o sol
    No rosto de uma criança
    Quero pintar seus olhos
    No azul do mar, esperança.
    Não sabemos se devemos
    Admirar ou reflectir
    Quando a noite chega
    E vimos o sol partir
    Entre nuvens e o mar
    Descendo do céu magestoso
    Fixando-se no crepúsculo
    Na intencidade de recordar
    Desaparecendo no horizonte
    A visão, torna-se inesquecível
    De comovente sinfonia
    Tudo muda e permanece
    Até ao romper do dia.

    Maria Albertina Arnault Dinis

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  9. Um Sonho

    Quando sonhamos sozinhos
    É só mais um sonho
    Quando sonhamos juntos é o
    Começo de uma nova realidade.

    O dia mais importante
    Não é o dia em que conhecemos uma pessoa
    Mas aquela em que ela passa
    A existir dentro de nós.

    Cesário Fernandes

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  10. Poema da Saudade

    Se eu podesse falar
    Ou simplesmente te olhar
    Olhava o ceú e chorava
    Com vontade de te abraçar.
    A saudade é tristeza
    É a mágoa de dizer
    Adeus a quem se ama
    E se acaba por perder
    Da paixão nasce a saudade
    Nasce a dor e a alegria
    Nasce também a esperança
    De te abraçar algum dia.

    Idalina Matias

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  11. NATAL
    Natal...
    É de todo aquele
    Que estende a sua mão,
    Dando aquilo que não tém
    Partilhando com seu irmão

    Natal...
    Está na alma
    De todo o ser humano
    Qual estrela brilhante vai,
    O caminho iluminando

    Natal...
    É uma sinfonia
    De coros celestiais,
    Que nos enchem o coração
    De melodias ancestrais
    Natal...
    Tem tudo a ver
    Com a predisposição,
    Que cada um, e todos têm em si
    De fazer as pazes com seu irmão

    Natal...
    É um céu infinito
    Aberto à imaginação,
    Qual paleta de um artista
    Pintando com paixão

    Natal....
    São sorriso abertos
    Em rostos de felicidade,
    Parecem anjos querubins
    Qual rosto sem idade

    Natal....
    É meu...É teu
    Se o quiseres partilhar,
    Será a época especial do ano
    Em que o Amor paira no ar

    Natal...
    É para todos
    Ou assim deveria ser
    Está nas minhas, nas mãos
    Fazer isso acontecer

    Natal....
    É, e será sempre
    Aquela época do ano
    Em que renasce Jesus Cristo
    Em todo o ser humano.

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  12. Ano Novo

    Para trás, ficou o velho
    Vem o novo a entrar,
    Tem por nome: Ano Novo
    E a vida vem renovar

    Novos sonhos, novas lutas
    É como um novo despertar,
    Do sono de uma vida inteira
    Que o Ano Novo vem recomeçar.

    É como roupa lavada,
    Que ao vento vai esvoaçando
    Levando mágoas antigas,
    E os sonhos transformando.

    Qual alma purificada
    E com uma nova luz,
    Qual rosto sem lágrimas antes derramadas
    O Ano Novo trás novo caminho
    Que a outro no conduz,
    E nos tira da encruzilhada, de uma vida passada
    Que em nada nos seduz.

    Porque o Ano Novo tem o condão,
    De nos fazer pensar
    Que na vida tudo se consegue,
    Se para isso se lutar.
    Todos os anos o Ano Novo, nos dá uma lição:
    Que para chegarmos ao ano seguinte,
    Apenas está na nossa mão.

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  13. CARNAVAL

    Lá vem ele mascarado
    É um grande folião,
    -Quem é ele? Perguntam todos,
    -É o Entrudo, pois então!

    A máscara esconde o rosto
    Do autor das diabruras
    Canta, dança, salta e pula
    Contagiando com suas loucuras.

    Onde passa deixa rasto
    Da sua contagiante alegria
    Com todo o seu frenesim,
    Leva todos à folia.

    Rostos alegres e sorridentes
    Rostos cobertos de solidão,
    Rostos tapados com uma máscara
    Disfarçando na multidão,
    Todo aquele que sem se envolver passa
    O Carnaval sem paixão.


    Porque o Carnaval é o dia
    Em que todos são convidados
    A deixar para trás
    Todos os males já passados.

    Porque o Carnaval é alegria,
    Porque o Carnaval é paixão,
    Soltam-se totalmente as amarras da eterna solidão
    Foliando, até a madrugada
    Nos fazer dormir nos braços da exaustão!

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  14. PÁSCOA

    Lá longe, uma mancha escura.
    Mais perto, uma multidão,
    Que desfila a passo incerto
    Perdida na imensidão
    De pensamentos fúteis e vazios
    Que não dão para notar aquele que a seu lado caminha,
    Com ele a conversar.
    Fala-lhe do dom da vida,
    Que ele deixa passar
    Com a correria do dia-a dia
    Sem parar para pensar
    Que o amanhã pode não acontecer,
    Se ele não souber ouvir
    Aquele que está sempre a seu lado
    Ajudando-o a sorrir.
    Companheiro invisível
    Presente em todos os momentos,
    Que para estar entre nós
    Passou por grandes tormentos.
    Todos os anos, pela Páscoa
    Faz questão de nos lembrar
    Que sacrifício da vida é o renascer e o festejar
    De um acto intemporal que por nós há-de passar...
    ..............A PÁSCOA!

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  15. Poesia

    Na poesia está a reflexão
    De pequenos e grandes momentos
    De todas as horas passadas
    Com pequenos e grandes nadas
    Que a vida nos concede
    Qual momento furtivo
    Captado em câmara lenta
    Que para sempre fica cativo
    De um olhar em tormenta
    Que em tudo vê poesia
    Qual gosto de maresia
    Que na boca sabe a salgado
    Qual cavalo alado
    Que no céu rasga o vento
    E nos transmite em pensamento
    A beleza da poesia
    Escrita em palavras, gestos e olhares
    Na beleza das flores, no canto dos pássaros
    Nas melodias populares, nas tradições seculares
    Que em nós deixa em herança
    Uma obra que a todos alcança
    Até em forma de melodia
    Que através da música em palavra escrita
    Se transforma em POESIA.

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  16. SONHAR

    Pelo caminho da hesitação,
    Sem esperar a doce tentação,
    Rotação, pulsação ao limite,
    20 anos a lembrar…como será o amanhecer
    Nada regressa…

    Sonhar, Oh…deixa-me sonhar
    Tão rápido, tão real parece...

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  17. You’re the one I love,
    There’s no-one like you
    You make me feel strong and ready,
    But at the same time weak and trembling
    I just want to be with you
    Forever long this night
    Counting the stars and making the time stop
    Dreaming is no longer enough
    Reality is too unreal…
    I can’t see you in any of them

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  18. Buried in a deep black hole
    Trying to dig up to the surface
    Setting up some revelations
    In this claustrophobic soul

    Hot place, wet place
    Nothing to care, nothing to share
    Only old papers to read
    In a cold mysterious sea

    Trapped in a spider’s web
    No strength left to leave
    A bird flies over
    Freely through heaven

    A light between shadows
    Showing the closest way to pleasure

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  19. Faked memories across time
    Books of stories aren´t related to history
    Who are we, where do we came from
    Reality is no longer truthful
    Moving forward is the only option left
    Forgetting the past and see what comes next
    Living everyday like it was the last
    People of trust, friendship behind
    Things are not the same
    Since the age of time has run away
    Mistakes of life, painful than death
    Only learning through them

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  20. Maria Goreti Cardoso do Vale Quaresma23 de março de 2011 às 11:09

    Poema dedicado à minha Avó:

    Gotas feridas saem do coração…
    Gotas de sangue!...
    Ela vai deixar-nos,
    decidiu com grande custo partir
    e sofre os seus últimos instantes!...
    Lá se foi a sua genica,
    a sua sabedoria,
    tanto amor que tinha ainda para dar…
    Suas palavras mansas,
    seus gestos de carinho,
    ficarão para sempre
    cravados no meu coração!
    Como nos pode deixar?!...
    A minha avó querida,
    que pela eternidade amarei…
    Quem a poderá esquecer?!!!

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  21. Maria Goreti Cardoso do Vale Quaresma23 de março de 2011 às 11:44

    Dedicado ao meu avô:

    «Dispor da vida, é muito fácil,
    mas dispor da morte… é preciso
    ter muita coragem!».
    Faltava-lhe a Miquitas,
    e o sorriso de menina!
    Qual era a sua vontade de viver?!
    E o objectivo da sua vida?
    No meio de tanta mágoa,
    Tanta dor, sofrimento e saudade,
    procurava a companheira já perdida!
    Faltava-lhe tudo…
    A sua metade!...
    Como poderia ele,
    sobreviver assim?!!!

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    Respostas
    1. Boa tarde Maria Goreti.
      O concurso de poesia terminou e, embora, não tenha sido vencedora iremos entregar uma compilação de todos poemas a todos os participantes no concurso. Como não temos acesso ao seus contato de e-mail, nem de telefone, agradeciamos que nos enviasse a sua morada ou entrasse em contato connosco para o nº 236628355 para podermos articular a melhor forma de lhe fazer chegar um exemplar.
      Em todo o caso fica, desde já, convidada para comparecer a uma cerimónia de entrega de certificados e diplomas que irá decorrer dia 3 de maio na Casa da Cultura em Alvaiázere pelas 20h, uma vez que iremos entregar o prémio em mãos a todos aos particiapantes que poderem comparecer à dita cerimónia.

      Com os melhores cumprimentos

      O CNO da ETPSICÓ

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  22. LER É CRESCER

    Tu se andas sem destino,
    Sem saber para onde vais.
    Vem daí e vai comigo,
    Às Novas Oportunidades Ler +.

    Para Novas Oportunidades Ler +
    Eu quero contribuir.
    Todos nós somos iguais,
    Por isso devemos ir.

    “Querer aprender mais”,
    Foi slogan do meu processo.
    Às Novas Oportunidades Ler +,
    Eu desejo muito sucesso.

    Ler,
    É saber, é falar, é viver.
    Sem ler não se vive,
    Não se desenvolve, não se sobrevive.
    É comunicar, é crescer.
    Como penso para comigo e digo
    Sem ler, não sobrevivo.
    Não tem sentido
    Sem ler é: ser povo, mas desiludido.
    Vamos povo, de novo, reviver, renascer, crescer, ler.
    Ver
    Como é bom não se desfazer,
    Do aprender, do querer ler mais poesia.
    Vamos todos cada dia, indo, sorrindo, cantando e andando.
    Mas sempre perguntando
    Porque não se lê mais?
    Vamos agora, sem demora,
    Às Novas Oportunidades, Ler + e mais e muito +

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  23. A minha terra

    A minha terra é uma aldeia pequena,
    perdida na vastidão do Mundo.
    Não é nenhuma cidade
    mas uma terra de verdade
    com ar doce e expressão serena,
    que me viu crescer
    brincar e correr,
    por vales e montes,
    caminhos e carreiros
    a descobrir horizontes.

    Esteve sempre comigo
    e ajudou-me na evolução,
    deu-me alimentos e frutos
    para a minha refeição.

    É esta terra, que trago no coração
    a minha povoação,
    Sem grandes problemas e actividades,
    mas é uma terra acolhedora
    com pessoas que ajudam o seu vizinho,
    terra de bom azeite e bom vinho,
    e de gente trabalhadora.


    Gosto muito deste lugar,
    de ver o Sol a acordar
    e de manhã ao levantar,
    de abrir os braços e espreguiçar,
    sentir o cheiro a alecrim e pinho,
    que o vento traz no ar.

    E agora na Primavera fica toda catita,
    com os campos cheios de flores
    e os animais de amores,
    ainda fica mais bonita.

    Este lugar é o meu berço,
    a minha cama e o meu lar,
    não há outro no mundo,
    que trocasse por este lugar.

    As pessoas estão um pouco envelhecidas,
    não haverá problema nesta questão
    já vejo por aqui muitas crianças
    será a nova geração.

    As pessoas idosas têm imensa sabedoria,
    é com elas que me vou aconselhar
    sem receberem nada em troca
    estão sempre prontos a ajudar.
    É esta a minha terra,
    com muito amor e afectos,
    já só me falta dizer
    que se chama lugar dos NETOS.

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  24. VIVER

    A vida é feita de alegrias e tristezas,
    Que nos trazem lembranças e saudades…
    Mas que seria de nós sem elas?
    Um espaço fechado e vazio,
    Sem sentimentos, só um silêncio profundo,
    Que nos faz padecer.
    Mas se pararmos por um instante,
    Vemos que cada amanhecer,
    Nos traz a esperança de um novo viver…
    Como uma brisa leve que nos bate no rosto,
    Parecendo acariciar-nos, por cima de nós
    O azul infinito do céu contempla-nos
    com a sua beleza Celestial,
    Que nos faz pensar como a vida é bela!
    Vale a pena viver, com a certeza
    Que haverá um novo amanhecer,
    E, ao abrirmos a porta da nossa vida
    Vemos a esperança prevalecer.

    Liliana Matias

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  25. Noite

    Esta noite
    Mais que nas outras
    Há algo que me entristece,
    Talvez seja dúvida, ou ansiedade,
    Por algo que não acontece.
    Nesta noite
    Imensa, sem fim;
    Relembro memórias, pensamentos e ilusões
    De um sonho que como Quimera,
    Se desvanece na sombra desta
    Noite.
    Longa, espaçosa demais para mim
    Faz com que me sinta a navegar,
    Num mar de emoções sem fim.
    Esta noite asfixia-me
    Faz-me ter medo, até pavor
    Do vazio que se aproxima galopante,
    Deixando-me inerte nesta apatia
    Que me reveste.
    Nesta noite
    Em que já não consigo sequer pensar
    Ou até simplesmente, sonhar.
    Mas, nesta noite
    Algo vai acontecer:
    O meu pensamento voará
    Livre, solto,
    Desprendendo todo o meu ser!
    Sim; porque esta noite
    Serei livre de voar
    Nas asas do pensamento, expressando com sentimento,
    Que nunca deixarei de sonhar.


    Otília Lopes 14/4/2011

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  26. Poesia.
    Será isto que escrevo,
    O pensamento que me flui?
    Será quadra, será verso
    Qual chama que evolui
    Pensamento descoordenado
    Voando nas asas do vento,
    Qual rota desconhecida
    No estranho caminho do tempo.
    Poesia...
    O que será?
    O que entendo eu por isso
    Serei poeta sem saber?
    Não assumo tal compromisso.
    Encho a alma plenamente
    Quando estou a escrever
    Nesse momento a poesia,
    Preenche todo o meu ser.
    Não me considero poeta, e não tenho
    Tal aspiração
    Apenas escrevo palavras
    Que me dita o coração
    E que ganham mais sentido
    Em dias de solidão.
    Quando leio aquilo que escrevo
    Dou comigo a pensar: se pensas que és poeta...
    Estás mesmo a divagar!

    Porque é disso que se trata
    Nesta situação:”de poeta e de louco, todos temos um pouco”
    E perdemos um pouco a razão,
    Quando nos deixamos levar
    Nas asas da imaginação
    Que é a poesia.





    Otília Lopes 17/02/11

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  27. Sicó é saber
    O saber não ocupa lugar.
    Sempre ouvi dizer.
    Nas Novas Oportunidades.
    Estou sempre a aprender.

    Com professores muito atentos.
    E prontos a ensinar.
    Muito fui aprendendo.
    Mas também recordar.

    O saber não ocupa lugar.
    Eu quero sempre aprender.
    Mesmo sendo burro velho.
    Alguma coisa hei-de fazer.

    Tive medo de começar.
    Não sabia que fazer.
    Mas hoje estou a gostar.
    Do que estou a aprender.

    A escola da Sicó.
    É um ponto de referência.
    Para quem quer aprender.
    E adquirir competência.

    Passado que são os momentos.
    De grande euforia e espanto.
    Deitamos mãos à obra,
    Para o RVCC fazer,
    E no final o diploma receber!

    M. Arnaut.

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  28. Sonhando.

    Adormeci, sonhei.
    O meu sonho foi enorme…
    Durou talvez uma vida.
    Minha noite foi tão calma…
    Fui arquitecto, fui também pintor.
    Que pintou o verde, da sua esperança…
    Esculpiu na própria alma um sonho.
    Sonho esse de criança.
    Por isso também fui escultor.
    Fui genial artista, mal sabia ler.
    O que aprendi em sonho.
    Foi Deus que me ensinou.
    Lá na floresta virgem.
    Onde tantas vezes ajoelhou!
    Viveu uma vida inteira.
    Olhando o céu, sonhou.
    Mas quando acordei.
    Minha vida de saudade…
    Quem me dera viajar.
    Ao encontro desse sonho.
    Que um dia acabou.
    Mas o destino, assim quis.
    Nesse sonho fui feliz.
    M. Arnaut. D.

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  29. Flor de Bronze

    Filha de branco, que morreu na guerra.
    E duma preta, linda do Libôio.
    O teu olhar até a noite encerra.
    Todo o luar das lendas de Catôlo!
    Ó flor estranha!
    Já não tem consolo.
    A tua mágoa a tua dor na terra.
    É flor estranha do febril Catôlo.
    Neta dum soba que perdeu a guerra!
    Estátua ardente em bronzeadas chamas.
    Que tentação e perdição, derramas.
    Sobre a história negra, quase findas!
    Neta dum soba que acabou chorando.
    Filha de branco, que morre lutando.
    E de uma preta tristemente linda.
    Os teus defeitos são graças.
    Desse mistério profundo…
    Saudades de duas raças.
    Que se abraçam no mundo!
    M Arnaut D.

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  30. Céu de Inverno.

    Céu triste.
    Céu de chumbo.
    O mar carrega, o seu peso.
    De estanho amolgado.
    As cinzentas, as pálidas e ternas cores.
    Que o pintor na sua tela.
    Vai pintando com amor.
    Modesto, como o sol esta tarde.
    Que cai nos laços das nuvens.
    .Sol simples, redondo, vermelho.
    Sem raios, sem lembranças.
    Do seu brilho, do seu calor.
    Que lição para o homem!
    Esse equilíbrio da natureza.
    Que nos dá uma lição.
    E nos mostra sua beleza
    As nuvens, estão de viagem.
    Levam na sua memória.
    O mar de vagas batendo.
    Nas rochas docemente.
    Com pinceladas imensas.
    Apagam e voltam a apagar.
    O que já esta apagado.
    Rolam e voltam a rolar.
    Nas conchas e seixos macios.
    Sem um lamento.
    Mas eis o vento, a chova.
    Que cai, vinda de um grande deserto.
    Tudo esta, coberto, manchado.
    Sujo, entorpecido.
    Nada de leve, nada de eterno.
    Nos teus olhos, um pouco perdido.
    Ausente, e esquecido.
    M. Arnaut. D.

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